quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pacientes de hospital deixam leitos e vão para a rua pedir por cirurgias

É a 3ª vez, em 17 dias, que a manifestação acontece em hospital do AP. Direção do HE diz que houve redução de leitos no hospital de clínicas. 

Foto: Diego Potter, de 28 anos, utiliza sonda para atendimendo no HE, em Macapá.

A demora na realização de cirurgias ortopédicas no Hospital de Emergências (HE) de Macapá provocou um novo protesto de pacientes nesta quarta-feira (21), o terceiro num intervalo de 17 dias. A manifestação aconteceu na frente da unidade. De muletas, em cadeiras de rodas e até usando sondas, manifestantes sentaram no asfalto e interromperam o tráfego de veículos na Rua Hamilton Silva. 

Debaixo do sol forte, alguns enfermos acompanharam todo o protesto sentados na rua. Ramón Araújo, de 18 anos, diz que está há duas semanas no HE. Em função da demora na cirurgia, ele não consegue mexer alguns dedos dos pés. "É difícil sentir os dedos do meu pé esquerdo, e acho que a espera deve ter me deixado desse jeito. Tomara que rapidamente me tirem daqui", pede o jovem. 

Foto: Paciente com muletas interrompendo tráfego em frente ao HE.

Conferindo 22 dias de internação, a dona de casa Juciane Costa Dias, de 36 anos, reclamou que a falta de informações por parte da unidade é o que a deixa mais revoltada. "Já haviam me dito que eu iria ser operada no Hospital Alberto Lima [único de clínicas do estado], desde quando cheguei, mas, até agora, nada, e enquanto isso minhas dores só aumentam", reclamou a paciente, que apresenta uma fratura no fêmur. 

Enfermos de outros setores também se juntaram à causa dos pacientes ortopédicos, como Diego Potter, de 28 anos, que passou a utilizar uma sonda para drenagem sanguínea após ser vítima de uma facada em um assalto. "A reclamação é por causa de estrutura e equipamentos. Todos nós sabemos o esforço dos médicos e enfermeiros para cuidar da gente, mas faltando curativo e remédios não tem condições", argumenta. 

Foto: Juciane Costa Dias reclama da falta de informação sobre cirurgias.

Enfermos de outros setores também se juntaram à causa dos pacientes ortopédicos, como Diego Potter, de 28 anos, que passou a utilizar uma sonda para drenagem sanguínea após ser vítima de uma facada em um assalto. "A reclamação é por causa de estrutura e equipamentos. Todos nós sabemos o esforço dos médicos e enfermeiros para cuidar da gente, mas faltando curativo e remédios não tem condições", argumenta. 

Segundo Regiclaudo Silva, diretor do HE, soluções para reduzir o grande número de pessoas esperando por cirurgias estão sendo tomadas. "Hoje temos 46 pessoas esperando, mas alguns dos pacientes que estão aqui são aqueles que estão aguardando leito no Hcal [Hospital de Clínicas Alberto Lima] e, com isso, nós temos que dar todo o aparato de saúde a eles", disse Silva. 

A redução no número de leitos do Hcal é um dos fatores que resultou na grande concentração de pacientes no HE. "Perdemos alguns leitos na área clínica do Alberto Lima, por questões de obras de ampliação no hospital, mas mesmo assim as cirurgias estão sendo feitas, e, na sexta-feira [23] e no sábado [24], ocorrerá mais um mutirão de cirurgias nos três turnos com o objetivo de reduzir a espera", informou Silva. 

Protesto interrompeu via de acesso ao Hospital de Emergências 

Fonte: G1
- See more at: http://www.netcina.com.br/2014/05/pacientes-de-hospital-deixam-leitos-e.html#sthash.CnpIC06T.wiGwEJ9G.dpuf

Nenhum comentário:

Postar um comentário