terça-feira, 31 de maio de 2016

Polícia confirma que jovem sofreu estupro coletivo no Rio

O chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, e a titular da Delegacia da Criança e Adolscente Vítima (Dcav), Cristiana Bento disseram hoje (30) à imprensa que já há elementos que permitem afirmar que a adolescente de 16 anos, que teve um vídeo em que aparece nua e desacordada divulgado nas redes sociais, foi vítima de estupro coletivo.

"Houve estupro, sim. Agora, o que pretendo fazer é descobrir a extensão desse estupro, quantas pessoas estupraram essa jovem", disse Cristiana
Houve estupro, sim. Agora, o que pretendo fazer é descobrir a extensão desse estupro, quantas pessoas estupraram essa jovem", disse Cristiana
Foto:Tomaz Silva / Agência Brasil
"A gente não tem mais o que falar sobre isso. Essa menina foi vítima de violência sexual, ela foi vítima, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, da divulgação das imagens e está sendo vitimizada pela população, que fica julgando o que ela foi ou deixou de ser. Essa menina precisa de proteção, de cuidado", disse a delegada. "Houve estupro, sim. Agora, o que pretendo fazer é descobrir a extensão desse estupro, quantas pessoas estupraram essa jovem", acrescentou CristianaFONTE .PORTAL DE NOTICIAS TERRAhttp://noticias.terra.com.br/brasil/policia/policia-civil-do-rio-afirma-ter-convicacao-de-que-houve-estupro-coletivo,af649939c9ac293bead1a13b8c6cbf93xich7wnq.html

segunda-feira, 30 de maio de 2016

PGR e PF vão soltar as operações ‘Senatus’ e ‘do Barba’

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e a força-tarefa da Operação Lava Jato em Brasília (no MP) e em Curitiba (Justiça Federal) preparam duas grandes operações que vão sacudir o mundo político em Brasília e São Paulo: a Senatus e a do Barba – não necessariamente nesta ordem e com estes nomes, mas com estes alvos.
A próxima fase da Lava Jato, a 31ª, deve pegar em cheio o Senado Federal. Não só pela homologação da delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro ( a coluna antecipou que havia um áudio bomba  por vir ), mas por tudo o que já se apurou até aqui sobre o que disse o ex-senador Delcídio do Amaral, e sobre os documentos apreendidos nas residências e escritórios do senador Fernando Collor (PTC-AL).
Por baixo, pelo menos quatro senadores estão na mira diante do descoberto até agora: o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) – citado por delatores – e Collor.
A dúvida da PGR e da Justiça Federal é se pedem ao Supremo Tribunal Federal autorização para prisão ou apenas condução coercitiva, seguida de mandados de busca e apreensão em gabinetes e residências.
Já a futura fase 33 é tida como a mais polêmica. É a que, segundo circula nos bastidores da Justiça Federal e do STF, vai cercar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu Instituto. Na madrugada do dia 4 de março a Coluna citou a operação de grande repercussão que estava prestes a sair, a qual culminou com a condução coercitiva de Lula.
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TROPA DE ELITE
Turma jovem e muito reservada, a força-tarefa de Janot e da PF não pega leve. Os procuradores trabalham em meio andar da sede do Ministério Público com acesso restrito.
A força-tarefa leva tão a sério as operações que uma procuradora, de família de Brasília, mudou-se de sua casa para um apartamento funcional, a fim de se concentrar. São de suas mãos que saem os pedidos de prisão e condução de políticos.
FONTE UOL NOTICIAS
BLOG COLUNA DA ESPLANADA.
http://colunaesplanada.blogosfera.uol.com.br/2016/05/29/pgr-e-pf-vao-soltar-as-operacoes-senatus-e-do-barba/?cmpid=fb-uolnot

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Gravação mostra Renan orientando defesa de Delcídio



ACEBOOK

Gravação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Operação Lava Jato, mostra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), numa conversa no último dia 24 de fevereiro, orientando uma pessoa identificada como Wanderberg, suposto representante de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), sobre como fazer a defesa do então senador.
Delcídio teve o mandato cassado no último dia 10 pela unanimidade dos votos dos senadores presentes. Na época em que foi feita a gravação, o processo de Delcidio ainda estava no Conselho de Ética, e Renan não sabia que Delcidio já era delator da Lava Jato.
Renan afirma que é preciso que o presidente do conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), peça diligências para não parecer que a investigação estivesse parada. Ainda sugere que Delcídio faça uma carta mostrando humildade e que já pagou o preço pelo que fez.
ENAN: O que que ele (Delcídio) tem que fazer... Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde... Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias... Família pagou... A mulher pagou...
WANDEMBERG: Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão, fazer essa carta e vai embora.
RENAN: Conselho de ética. Falei agora com o João (João Alberto, presidente do Conselho de Ética). O João, ele fica lá ouvindo os caras... O Conselho de Ética não tem elementos para levar processo adiante. Também é ruim dizer que não vai levar o processo adiante. Então, o Conselho de Ética tem que requerer diligências requisição de peças e enquanto isso não chegar fica lá parado...
WANDEMBERG: (João Alberto) vai colocar em votação e vai ter uma derrota antecipada...
Sérgio Machado é apontado por investigadores da Lava Jato como o caixa da cúpula do PMDB. Em troca de uma possível redução de penas na Lava Jato, ele comecou a gravar conversas com Renan Calheiros e com líderes do partido que levaram à assinatura do acordo de delação, validado nesta quarta-feira (25) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Machado ficou na presidência da Transpetro, estatal responsável por processar gás natural e transportar combustível, por 12 anos. Ele chegou ao cargo em 2003, no governo Lula, por indicação política de Renan
Em nota divulgada nesta quinta-feira (26), a assessoria de Renan Calheiros afirma que o presidente do Senado acelerou o processo de cassação de Delcídio e que o processo do ex-petista não ficou parado no Conselho de Ética.
"O senador [Renan Calheiros] lembra que acelerou o processo de cassação no plenário às vésperas da votação do impeachment. O desfecho do processo de cassação é conhecido, foi público e a agilização do processo foi destaque em vários jornais. Na fase do Conselho de Ética opinou com um amigo do ex-senador, mas disse que o processo não podia ficar parado, como não ficou", diz o texto da nota.
Procurador-geral e outros políticos
Em outra gravação de Sérgio Machado, em 11 de março,  o ex-presidente da Transpetro conversa com Renan.
Eles criticam o procurador-geral da república, Rodrigo Janot. Falam em "fórmula de dar um chega pra lá nessa negociação ampla, para poder segurar esse pessoal", dando a entender de que tratavam dos investigadores da Lava Jato. Os dois fazem críticas a vários políticos no diálogo.
Citam o senador Aécio Neves, presidente do PSDB; o deputado Pauderney Avelino (AM), líder do DEM; "Mendoncinha", como é chamado o agora ministro da Educação, deputado Mendonça Filho (DEM-PE); senador José Agripino (RN), presidente do DEM; senador Fernando Bezerra (PSB-PE); senador José Serra, do PSDB, atual ministro das Relações Exteriores, e a agora presidente afastada Dilma Rousseff.
SÉRGIO MACHADO: Agora esse Janot, Renan, é o maior mau caráter da face da terra.
RENAN: Mau caráter! Mau caráter! E faz tudo que essa força-tarefa (Lava jato) quer.
SÉRGIO MACHADO: É, ele não manda. E ele é mau caráter. E ele quer sair como herói. E tem que se encontrar uma fórmula de dar um chega pra lá nessa negociação ampla pra poder segurar esse pessoal (Lava Jato). Eles estão se achando o dono do mundo.
RENAN: Dono do mundo.
SÉRGIO MACHADO: E o PSDB pensava que não, mas o Aécio agora sabe. O Aécio, Renan, é o cara mais vulnerável do mundo.
RENAN: É...
SÉRGIO MACHADO: O Aécio é vulnerabilíssimo. Vulnerabilíssimo! Há muito tempo.
SÉRGIO MACHADO: Como que você tem cara de pau, Renan, aquele cara Pauderney que agora virou herói. Um cara mais corrupto que aquele não existe, Pauderney Avelino.
RENAN: Pauderney Avelino.
RENAN: Mendocinha.
SÉRGIO MACHADO: Mendocinha, todo mundo pô? Que *** é essa querer ser agora o dono da verdade?
SÉRGIO MACHADO: O Zé (Zé Agripino) é outro que pode ser parceiro, não é possível que ele vá fazer maluquice.
RENAN: O Zé, nós combinamos de botá-lo na roda. Eu disse ao Aécio e ao Serra. Que no próximo encontro que a gente tiver tem que botar o Zé Agripino e o Fernando Bezerra. Eu acho.
SÉRGIO MACHADO: O PSB virou uma oposição radical. O Zé não tem como não entrar na roda.
RENAN: O PSB quer o impeachment, mas o Fernando (Bezerra) é um cara bom.
SÉRGIO MACHADO: Porque também entende disso que a gente está falando.
RENAN: É.
SÉRGIO MACHADO: Porque tem que tomar cuidado porque esse *** desse Noblat [se referindo ao colunista Ricardo Noblat, do jornal "O Globo"] botou que essa coisa de tirar a Dilma é maneira de salvar os corruptos.
RENAN: Tirar a Dilma? Manter a Dilma?
SÉRGIO MACHADO: Tirar a Dilma. Que é um processo de salvação, de salvação.
RENAN: Que é a lógica que ela fez o tempo todo.
SÉRGIO MACHADO: É porque esse processo. Porque Renan vou dizer o seguinte: dos políticos do congresso se "sobrar" cinco que não fez é muito. Governador nenhum. Não tem como, Renan.
RENAN: Não tem como sobreviver.
SÉRGIO MACHADO: Não tinha como sobreviver.
RENAN: Tem não.
SÉRGIO MACHADO: Não tem como sobreviver. Porque não é só, é a eleição e a manutenção toda do processo.
RENAN: É.
Em conversas gravadas, Machado afirmou que não havia provas que ligassem líderes do PMDB ao esquema investigado na Lava Jato. Além de Renan, também foram diivulgadas conversas de Machado com o ex-presidente  e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e com o senador Romero Jucá - que teve que deixar o cargo de ministro do Planejamento depois da divulgação da conversa.
Em uma das conversas entre Machado e Sarney, o ex-presidente da Transpetro pediu ajuda para evitar que novas delações surgissem na Operação Lava Jato ou que o juiz Sérgio Moro o pressionasse a falar. No dia 10 de março, Sarney afirmou que ajudaria Machado a não ser preso.

SARNEY: Isso tem me preocupado muito porque eu sou o único que não tive num negócio desse, sou o único que não tive envolvido em nada. Vou me envolver num negócio desse.
SÉRGIO MACHADO: Claro que não, o que acontece é que a gente tem que encontrar, me ajudar a encontrar a solução.
SARNEY: Sem dúvida.
SÉRGIO MACHADO: No que depender de mim, nem se preocupe. Agora, eu preciso, se esse *** me botar preso 1 ano, 2 anos, onde é que vai parar?
SARNEY: Isso não vai acontecer. Nós não vamos deixar isso
FONTE. PORTAL DE NOTICIAS G1.
http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/05/gravacao-mostra-renan-orientando-defesa-de-delcidio.html

Se o Brasil tivesse apenas 100 pessoas, 8 seriam analfabetas


Site internacional faz retrato da sociedade brasileira e mostra como seria o Brasil se a população do País fosse de apenas 100 pessoas.

O dados utilizados pela Plus 55 na apuração nos números foram disponibilizados pelo IBGE, e estão disponíveis emhttp://plus55.com/watch/2016/05/brazilian-society-today-numbers Segundo o veículo, 8 entre 100 pessoas não saberiam ler ou escrever, 32 teriam o ensino fundamental incompleto, 57 parariam os seus estudos no segundo grau e apenas 11 teriam formação superior.
FONTE. PORTAL DE NOTICIAS TERRA
http://noticias.terra.com.br/educacao/se-o-brasil-tivesse-apenas-100-pessoas-8-seriam-analfabetas,816f0a0aec735784cfb99ffa771203ab4b12tme3.html

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A MORTE DE UM HERÓI 27 DE MAIO

por
Daniel-Rops
Na véspera do Natal de 1559, quando pregava na Igreja de São Pedro, abarrotada de gente, Calvino teve de forçar a voz. No dia seguinte, atacou-o uma tosse violenta e começou a escarrar sangue. O médico diagnosticou-lhe uma doença contra a qual ainda não existia nenhuma arma: a tuberculose. O enfermo tinha apenas cinqüenta anos, e o seu caso não teria sido desesperado se o seu organismo, atacado desde há muito tempo por muitos inimigos, desgastados pelo trabalho e pelas preocupações, não fosse na realidade, o de um velho precoce - o velho cuja máscara trazia. Despertados pelo novo abalo, todos os males que já lhe eram familiares lançaram-se ao ataque: pulmões, rins, intestinos, encéfalo e até os braços e as pernas. Dentro em breve, não houve uma única parte desse organismo que não fosse motivo e foco de dores terríveis.
Calvino suportaria essa provação durante cinco anos, com uma coragem física e uma firmeza admiráveis. Torturado pelas cólicas, pela febre e pela gota, nem por isso deixou de dar prosseguimento aos seus trabalhos, à sua correspondência, aos seus livros e mesmo à sua pregação, que no entanto lhe exigia um esforço sobre-humano. Nos dias em que não podia manter-se em pé, pregava sentado, e, se não conseguia andar, dois homens o levavam à igreja numa cadeira. Por vezes, as dores eram tão fortes que o ouviam murmurar, como numa prece a pedir a libertação: "Até quando, Senhor, até quando?"
Perante a morte que via aproximar-se, mostrou-se o que sempre fora: lúcido, firme e reservado. Nem uma só vez deixou transparecer temor ou fraqueza. Segundo um plano traçado com a sua lógica costumeira, fez o seu testamento e recebeu, uns após outros, os corpos constituídos da cidade, desde o Pequeno Conselho até os pastores. A estes, fez um longo e minucioso discurso, em que resumiu com fórmulas incisivas toda a sua obra, nesse tom de sincera humildade e tranqüilo orgulho que fazia parte do seu modo de ser. Convidou os seus colegas a mostrar~se firmes e vigilantes para com essa "nação perversa e má" que lhes estava confiada, e concluiu afirmando-lhes que não tivera outro desígnio sobre a terra senão ser-vir a glória de Deus. Parecia ter ditado ali o seu testamento espiritual.
No entanto, a morte concedeu-lhe um novo adiamento. Farel teve tempo de vir vê-lo pela última vez. E ele próprio, o moribundo - o seu aspecto era já o de um cadáver -, sabendo que, de acordo com a legislação eclesiástica por ele estabelecida, a reunião das "censuras" trimestrais recaía no dia 19 de maio, ordenou que o levassem até lá para participar pela última vez dessa fraternal acusação de culpas. Humildemente, foi o primeiro a sub­meter-se à censura e a deixar que lhe referissem os seus defeitos: Ira, teimosia, crueldade e orgulho". Depois, com a voz ofegante, cortada sem cessar por acessos de tosse, falou durante duas horas, prevenindo os seus ouvintes contra as más inclinações. A seguir, elevando-se aos grandes princípios, comentou apaixonadamente o Evangelho.
Foi esse o seu último ato público, e o esforço exigido deixou-o esgotado. No dia seguinte, sobreveio nova expectoração sangüínea. Não abandonou mais o leito e falava com dificuldade, exceto para murmurar as suas orações. Ouviam-no dizer várias vezes: "Senhor, tu me esmagas, mas para mim é suficiente que seja pela tua mão". Ninguém o viu entregar a alma ao Criador, calmamente, em 27 de maio de 1564, por volta das oito da noite. De acordo com a vontade que manifestara no testamento, envolveram-lhe o corpo num grosseiro pano cru e depositaram-no num caixão de pinho semelhante àqueles com que se enterravam os pobres. Sem discurso e sem cantos, foi conduzido por uma imensa multidão ao cemitério de Plainpalais. Não se erigiu nenhum monumento sobre o túmulo, nem mesmo uma cruz ou a menor pedra. Assim desejara ele regressar ao pó, no anonimato e no silêncio. E ninguém pode hoje indicar com certeza o lugar onde jaz João Calvino.
Poucos homens, no entanto, deixaram sobre a terra um rastro tão profundo. Quem poderá negar a sua grandeza? Semeou grandes idéias, realizou grandes coisas e determinou grandes acontecimentos. A história não teria sido tal como foi se ele não tivesse vivido, pensado e agido com a sua vontade implacável. Perto de cinqüenta milhões de cristãos seguem hoje os seus ensinamentos, dos quais quarenta e um entre os reformados e os presbiterianos, e cinco entre os congregacionalistas. Talvez não haja nenhum setor do protestantismo onde não se possa encontrar alguma moeda do seu tesouro. Mas reconheceria ele como seus herdeiros aqueles que fazem profissão de prolongar a sua mensagem e que, no entanto, na sua quase totalidade, abandonaram a tese a que ele se apegava mais do que à vida - a predestinação - e muitas vezes deixaram deslizar a sua mensagem de fogo para uma espécie de sentimentalismo igualitário e moralizador? Essa é uma outra questão. Não resta qualquer dúvida, porém, de que a sua influência foi determinante, até no desenvolvimento do capitalismo, da democracia e do socialismo... Calvino pertence incontestavelmente ao pequeníssimo grupo de mestres que, no decorrer dos séculos, moldaram com as suas mãos o destino do mundo.
Não é fácil julgar um homem de tal calibre; só o pode fazer Aquele que "sonda os rins e os corações". Por isso, as opiniões a seu respeito têm sido sempre contraditórias; Michelet exaltava sem medida a sua obra Iibertadora"; Renan via nele um banal ambicioso obstinado. Podemos fazer coro com os seus partidários e admirar o seu gênio, a sua acuidade na apreensão dos grandes problemas e o seu poder de síntese e organização. Podemos mesmo admitir essa espécie de sedução fria que, como todos os grandes espíritos, exerce sobre os que gostam das idéias longamente perscrutadas e perfeitamente expressas. E seria cometer uma enorme injustiça não reconhecer o seu ardente zelo por Deus, a sua paixão por conquistar almas, a seriedade trágica com que sempre encarou a sua vocação e o seu indefectível sentido do dever. Mas como podemos deixar de notar que faltaram a essa personalidade excepcional as duas virtudes essencialmente cristãs que deveria tê-la modelado? A humildade verdadeira, não só perante Deus, mas também perante os homens, essa humildade que um dia haveria de levar São Vicente de Paulo a lançar-se de joelhos aos pés de um transeunte que acabara de esbofeteá-lo; e a bondade verdadeira, que sabe amar os homens apesar da sua abjeção, por causa da sua abjeção, e que toda a falta sempre encontra propensa à misericórdia. Perfeito leitor do Evangelho, Calvino teria compreendido os seus dois mais belos preceitos? Que é preciso ser o último na extremidade da mesa e que é necessário amar os inimigos?...
As opiniões divergem também quanto ao seu papel histórico. "Calvino é o primeiro destruidor do protestantismo autêntico", diz um". "O calvinismo salvou o protestantismo", diz outro. As duas opiniões são simultaneamente verdadeiras. É verdade que Calvino empurrou o protestantismo para longe das suas bases e para fins que Lutero não desejara. Mas os rumos que o monge de Wittenberg queria tomar não desembocariam nos impasses da anarquia ou da submissão aos Estados? O protestantismo ficou a dever a Calvino a sua ordem, a sua fé comum, os seus quadros, os seus métodos, e também esse ar grave e respeitável, mais do que amável, que se lhe reconhece. Deveu-lhe um novo tipo de homem religioso.
Mas Calvino foi sobretudo o homem da ruptura decisiva, e é neste ponto, mais do que em qualquer outro, que um católico não pode deixar de sentir horror por ele. Muito mais do que Lutero, empenhou-se com uma espécie de rigor luciferino em levantar uma muralha intransponível, ou um abismo, entre a Igreja que lhe dera o batismo e aquela que ele queria "erigir". Que o seu papel, dialeticamente, tenha podido ser afinal de contas favorável aos desígnios da Providência - como o do seu predecessor -, e que o terrível raio com que ele feriu a cristandade tenha acabado por provocar nela o grande despertar, é uma verdade incontestável, mas nem por isso desculpa a sua falta. Depois dele, toda a esperança de recosturar os pedaços da Túnica inconsútil, tão horrivelmente dilacerada, se desfez durante séculos. Tal é, em última análise, o significado que se desprende desta vida humana e desta mensagem; tal foi o êxito de João Calvino.
Sobre o autor: Daniel-Rops, da Academia Francesa, autor católico-romano, escritor de "História da Igreja" em 10 Volumes. O excerto encontra-se no Volume IV, "A História da Renascença e da Reforma (1)", pgs. 419-422, Ed. Quadrante - 1996.

FONTE. http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/morte_gloria_calvino.htm

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Apenas 49% dos nordestinos em idade para trabalhar estão em alguma ocupação


A maior taxa de desemprego do País no primeiro trimestre foi observada no Nordeste, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desocupação da região ficou em 12,8%.

No entanto, foi a região Sudeste que apresentou o maior salto no desemprego, com taxa subindo de 8% no primeiro trimestre de 2015 para 11,4% no mesmo intervalo deste ano. A região Sul registrou a menor taxa de desemprego no período de janeiro a março, com 7,3%.
No Nordeste, menos da metade das pessoas em idade de trabalhar (49%) estão ocupadas. As regiões Sul (59,8%) e Centro-Oeste (58,6%) apresentaram as maiores parcelas de pessoas em idade para trabalhar que têm alguma ocupação.

FONTE. PORTAL DE NOTICIAS TERRA.
http://economia.terra.com.br/desemprego-e-maior-no-nordeste-aponta-ibge,838008b85709c3a84956a3b62cb4e54ccwamahcg.html

quarta-feira, 18 de maio de 2016

11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil



Sempre que falamos em missão, pensamos logo em ir para o exterior, mais e o nosso Brasil, o evangelho já tem chegado aos quatro cantos do nosso País? Veja estes dados do censo do IBGE do ano de 2000. É grande mais vale apena ser lido, é surpreendente. Os dados do Censo de 2000 listou 5560 muncípios, mostrando que existem 71 cidades com menos de 1% de evangélicos. A Região Nordeste do Brasil está muito atrás do restante do Brasil em termos de presença evangélica. A média de presença evangélica dentre a população em todas as regiões do país é de 15,41%.
 No Nordeste, essa média cai para 10,26%. Enquanto que 12 estados brasileiros apresentam taxas acima de 20%, o Nordeste não há nenhum estado com mais de 15% de evangélicos em sua população. E pior. Em 6 estados nordestinos a população de Evangélicos está abaixo de 10%: Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Desses seis estados, Paraíba é o que possui a maior concentração de cidades com menos de 5% de evangélicos. Alagoas fica com o lamentável índice de estado com a maior concentração de cidades com menos de 1% de evangélicos. Já o estado do Piauí é o que possui a população com o mais baixo percentual de evangélicos do país. A capital baiana – Salvador – cidade nacionalmente conhecida pelo grande número de adeptos da Umbanda e do Candomblé, só aparece na 172ª posição dalista.Em 11 cidades brasileiras, o índice de evangélicos é “zero”, ou seja, o censo do IBGE não contabilizou nenhum único evangélico.O Rio Grande do Sul é o estado onde se concentra o maior número de cidades com índice “zero” de evangélicos – 9 cidades ao todo. As 11 cidades sem nenhuma presença evangélica são:
 Queluzito (MG), Carrapateira (Pb), Boa Vista do Sul (R.G. do Sul), Nova Alvorada (R. G. do Sul), Nova Roma do Sul (R.G. do Sul), Protásio Alves (R. G. do Sul), Relvado (R. G. do Sul), Santo Antônio do Palma (R. G. do Sul), São Jorge (R. G. do Sul), União da Serra (R. G. do Sul), Vespasiano Correa (R. G. do Sul).Essas cidades merecem a atenção da Igreja brasileira. A Região Sul também possui a menor taxa de crescimento anual de evangélicos em todo o país. Entre as 20 cidades brasileiras com maiores índices de seguidores da Umbanda e Candomblé, 16 estão no Rio Grande do Sul e 4 delas aparecem no topo da lista: Rio Grande, Dezesseis de Novembro, Viamão e Bagé. Nova Ibiá, na Bahia, com 7.166 moradores destaca-se como a cidade com o maior percentual de habitantes “sem religião”. Em todo o Brasil 12,5 milhões de pessoas declararam-se sem religião. Esse índice é tão alto que só não ultrapassa o número de católicos e evangélicos. Se somarmos os números de seguidores de todas as religiões – não incluindo católicos e nem evangélicos – o valor dos que se declararam “sem religião” chega a ser mais do que o dobro do número de adeptos de todas as religiões somadas.
Fonte.https://duquepeniel.wordpress.com/2010/10/27/11-cidades-sem-nenhuma-presenca-evangelica-brasil/