domingo, 3 de agosto de 2014

ALÉM DO EMBATE COM CALVINO O QUE VOCÊ SABE SOBRE GUILHERME FAREL?


Guillaume Farel

Guillaume Farel nasceu em 1489, em Gap, na região montanhosa dos Alpes, no sul da França. Ele foi o mais velho de sete filhos. Em 1509 deixou sua casa para estudar em Paris. Sob a influência de Jacques Lefevre e Cornelius Hoehn ele aderiu à Reforma. Em 1523 foi forçado a sair da França e em 1524 foi para Basiléia. Saindo de lá, em 1526, ele pregou por vários lugares na Suíça. Desde cedo revelou-se como grande pregador, de oratória enérgica e contagiante. Schaff escreveu que "Ninguém podia ouvir seu trovão sem tremer, ou ouvir suas fervorosas orações sem ser quase conduzido aos céus".
Em 1532 começou seu trabalho em Genebra. Em 1534 Farel e o francês Pierre Viret iniciaram o cultos regulares em Genebra. Em 1535, Farel venceu um debate teológico e o resultado foi, em 1536, a adoção formal das idéias da Reforma pela Assembléia Geral dos Cidadãos. Foi neste ano que Farel encontrou Calvino, que estava de passagem por Genebra, e o convenceu, com ameaças de julgamento divino, a ajudá-lo na implantação definitiva da Refoma em Genebra.
Em 1538, uma série de confrontos com os magistrados da cidade levaram Farel e Calvino ao exílio. Três anos mais tarde, em 1541, Calvino voltou a Genebra, mas Farel não. Farel continuou seu trabalho evangelístico, especialmente em Neuchatel, e manteve sua amizade com Calvino. Em 1540 foi Farel quem oficiou o casamento entre Calvino e Idelette de Bure. Farel também casou-se, mas aos 69 anos, com uma mulher bem mais jovem, a desgosto de Calvino. Após muitos anos de trabalhos no Reino, Farel foi ao encontro do Senhor em 13 de Setembro de 1565, aos 76 anos.
Farel foi um homem especial. Schaff escreveu sobre ele: "O trabalho de Farel foi mais destrutivo que construtivo. Ele derrubava, mas não construia. Ele foi um conquistador, mas não um organizador de suas conquistas; um homem de ação, não um homem de letras; um pregador intrépido, não um teólogo. Ele sentiu seus defeitos e passou seu trabalho à poderosa mente de seu jovem amigo Calvino. Em espírito de genuína humildade e auto-negação, ele desejou diminuir, para que Calvino crescesse. Este foi o mais fino traço de seu caráter".

fonte. SEMINÁRIO JCM

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